quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O pastor e a espinha de peixe

Havia uma cidade muito distante no interior de São Paulo onde ali habitavam uma população de  quinhentas pessoas. Dentre elas havia um pastor reconhecido e prestigiado pelo povo por sua sabedoria, por seu conhecimento da palavra. Esse pastor vinha de família humilde e era muito usado por Deus e, justamente por isso, tinha muitos seguidores em sua igreja; entre eles um rapaz chamado José, que era seu discípulo e queria ser como seu mestre.

José seguia o pastor  havia muitos anos e certo dia o pastor morreu, porém antes de morrer consagrou-o a pastor, o que deixou seu então discípulo mui feliz. Tudo o que José sabia havia sido ensinado por seu mestre que sempre fora integro e reto diante de Deus e por causa disso era muito sábio. Antes de morrer seu mestre lhe disse: "Meu rapaz, nunca se esqueça de mastigar muito bem aquilo que você come..." Após dizer isso seu mestre morreu e, dali em diante, José decidiu assumir a igreja.

Muito tempo se passou, a cidade começou a crescer e a fama de José também foi se espalhando de modo tal que as pessoas vinham de longe para participar de suas reuniões, pois eram muito abençoadas. O tempo foi passando e um dia um rapaz pediu para ser discípulo do renomado e prestigiado pastor. Sem pensar duas vezes José aceitou o pedido.

Certo dia um pastor veio de muito longe para conversar com José. Esse pastor, assim como José, era um exímio conhecedor da palavra. Os dois marcaram um jantar e levaram seus discípulos, que sentaram-se ao lado de seus respectivos mestres. No restaurante deu-se início ao jantar e com isso, também à conversa. Os discípulos fixaram os olhos em seus mestres e pareciam esperar para comer cada palavra que sairia de suas bocas, contudo quando seus mestre começaram a conversar, começaram a gabar-se de sua sabedoria com relação a Bíblia. 

Sem entender nada os dois discípulos se entreolharam e continuaram prestando atenção e o que ouviam de seus mestres eram somente gabações sobre si mesmos e seus conhecimentos.  O garçom veio até a mesa e serviu o cardápio e em concordância unânime os quatro escolheram comer peixe assado que dentro de cinco minutos fora servido a cada um dos presentes na mesa.

A conversa continuava e cada vez mais os pastores se elogiavam e contavam seus feitos fantásticos, cada feito estimulava o outro a encontrar uma coisa ainda mais fantástica para se gabar um diante do outro. Ambos estavam estimulados para mostrar o que sabiam. Falavam e comiam, falavam e comiam, tudo muito rápido. Então José comentou do dia da morte de seu mestre e comentou com o outro pastor a frase que ele havia dito antes de morrer: "Meu rapaz, nunca se esqueça de mastigar muito bem aquilo que você come..." e seu discípulo tomou seu bloquinho de notas e anotou a frase. E os dois pastores ainda se gabando, cada vez mais, um mais que o outro. Ao colocar o último ponto na frase em que havia anotado que seu mestre acabara de contar, o discípulo se surpreendeu com o que viu: José engasgou-se com uma espinha de peixe e morreu.

Sem dizer uma palavra o discípulo se levantou da mesa olhou para seu mestre José estatelado e morto no chão, e depois olhou para o bloquinho de notas e leu a frase que havia anotado em um tom audível: "Meu rapaz, nunca se esqueça de mastigar muito bem aquilo que você come..."

O que isso tem haver conosco? No próximo post você entenderá, mas leia com atenção e medite a respeito.

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