quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Metendo o dedo na ferida

"E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus.
E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.
E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho.
Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.
Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.
E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam dois ou três almudes.
Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.
E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram.
E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,
E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.
Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele.
Depois disto desceu a Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias."
  João 2:1-12

Interessante a forma como Jesus vai direto no ponto que mais mexe com as pessoas, mais até que qualquer outro. Ele realmente coloca o dedo na ferida.

A religião faz parte do mundo desde muito, e no tocante aos judeus, estes eram rigorosamente religiosos. Jesus estava em uma festa de casamento onde haviam muitos judeus de diversas classes e posições, mas todos professavam sua fé no Deus de Abraão, Isaque e Israel. Entretanto, ao longo do Novo Testamento inteiro é possível observar que há da parte dos religiosos uma rejeição à Graça de Deus, pois viviam pela Lei e mais ainda pelos costumes/religiosidade. É possível notar também que os apóstolos e o próprio Senhor Jesus são contra a religião e a religiosidade.

O versículo acima destacado em vermelho mostra que Jesus não está interessado na religiosidade, ou seja, nos costumes e tradições do que e de quem quer que seja, mas sim num sincero e obediente coração, prova disso foi ter usado um objeto religioso cerimonial para os judeus, para manifestar Seu poder e glorificar o nome do Pai.

Vezes e mais vezes todo cristão se depara com situações onde deve escolher entre a religiosidade (costumes, doutrinas, opiniões dos homens, etc) ou em obedecer a voz de Deus. Deus pede coisas que estão acima de qualquer doutrina humana, de qualquer opinião, de qualquer outra coisa criada. Se estiver dentro do propósito de Deus que algo seja feito de uma forma específica, isso deve ser feito, para que o nome dEle seja glorificado e que haja de nossa parte uma obediência, sobretudo a Ele, mesmo que isso passe poir cima de tradições, ordens e costumes. Mais vale agradá-lo do que agradar ao pastor, ao obreiro, ao bispo ou a quem quer que seja.

Entretanto, isso não significa dizer que devemos desrespeita-los e desobedece-los, absolutamente, afinal são pessoas que receberam autoridade de Deus para estarem onde estão e fazerem o que estão fazendo. Para evitar isso é necessário que tenha-se uma comunhão com Deus para que Este nos dê discernimento para que possamos ouvir Sua voz, entende-la e obedece-la de consciência limpa.

Mas vale agradar a Deus do que aos homens, afinal "Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro." Lucas 16:13

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